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Título: A influência nordestina sobre o falar amapaense: um recorte dos dados do Atlas Linguístico do Amapá - ALAP
Autores: AMORIM, Alice Oliveira
Orientador: MEIRELLES, Sâmela Ramos da Silva
Lattes do Orientador: http://lattes.cnpq.br/3021091714866840
Tipo de Documento: Trabalho de Conclusão de Curso - Graduação
Citação: AMORIM, Alice Oliveira. A influência nordestina sobre o falar amapaense: um recorte dos dados do Atlas Linguístico do Amapá - ALAP. Orientadora: Sâmela Ramos da Silva Meirelles. 2022. 37 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Letras Inglês) – Departamento de Letras e Artes, Universidade Federal do Amapá, Macapá, 2022. Disponível em: http://repositorio.unifap.br:80/jspui/handle/123456789/985. Acesso em:.
Resumo: As migrações nordestinas constituem um dos principais fatores para a compreensão da atual distribuição espacial da população brasileira e também são determinantes para a compreensão de diversos fenômenos linguísticos encontrados no português brasileiro. O Amapá é um dos estados que teve a formação da sua sociedade composta em boa parte por migrantes nordestinos. Embora essa comunidade de fala constitua parcela importante da sociedade amapaense e seja relevante para a compreensão da variedade do português brasileiro encontrado no Amapá, observou-se que não há trabalhos linguísticos no estado voltados para essa comunidade. À vista disso, este estudo, que está baseado no arcabouço teórico-metodológico da Sociolinguística Variacionista, tem por objetivo evidenciar a influência nordestina sobre o falar amapaense, por meio de um recorte dos dados linguísticos coletados e publicados pelo Atlas Linguístico do Amapá – ALAP (RAZKY; RIBEIRO; SANCHES, 2017). A seleção dos dados ocorreu, em um primeiro momento, com base no vocabulário pessoal da pesquisadora deste trabalho, que pertence à comunidade de fala nordestina e reside no estado do Amapá, utilizando a sua experiência pessoal e incluindo-se como sujeito da pesquisa. Em segundo momento, com base em resultados obtidos e publicados por pesquisas no âmbito do Projeto Atlas Linguístico do Amapá - ALAP e do Projeto Atlas Linguístico do Brasil - ALIB. Para alcançar nosso objetivo, foram extraídos os seguintes itens lexicais: capote, muriçoca, quenga e mangará. Estas lexias estão contempladas, respectivamente, nas seguintes cartas lexicais do Atlas Linguístico do Amapá - ALAP: CARTA L17 “galinha d’angola”; CARTA L25 “pernilongo”; CARTA L48 “prostituta”; e CARTA L73 “parte terminal da inflorescência da banana”. Como resultado, observou-se que variantes linguísticas registradas oficialmente como “regionalismos” do Nordeste Brasileiro foram catalogadas no falar amapaense. Em vista disso, além de confirmar a influência nordestina na constituição da variedade do português brasileiro falado no Amapá e a importância de estudos posteriores sobre essa comunidade de fala, este estudo também aponta uma crítica à perspectiva homogênea dos estudos variacionistas e ressalta a necessidade da adoção de uma perspectiva heterogênea e sócio-histórica que interprete a sociedade, a língua e a comunidade de fala como os conjuntos heterogêneos e dinâmicos que realmente são.
Abstract: The Northeastern migrations constitute one of the main factors for the comprehension of the current spatial distribution of the Brazilian population and are determining for the comprehension of various linguistic phenomena found in Brazilian Portuguese. Amapá is one of the states that had its society’s formation composed, to a great extent, by Northeastern migrants. Although this speech community constitutes an important portion of Amapá’s society and is relevant for the comprehension of the variety of Brazilian Portuguese found in Amapá, it has been observed that there are no linguistic studies in the state geared towards this community. In view of this, this study, which is based on the theoretical-methodological framework of variationist sociolinguistics, aims to highlight the Northeastern influence on Amapá’s speech through a linguistic data cut collected and published by Amapá’s Linguistic Atlas – ALAP (RAZKY; RIBEIRO; SANCHES, 2017). The data selection took place, in the first moment, based on the personal vocabulary of the researcher of this study, who belongs to the Northeastern speech community and lives in the state of Amapá, using her personal experience and including herself as subject of the study. On the second part, based on the results obtained and published by studies under the framework of Amapá’s Linguistic Atlas Project – ALAP and Brazil’s Linguistic Atlas Project – ALIB. To reach our purpose, the following lexical items have been extracted: capote, muriçoca, quenga and mangará. These lexical units are covered, respectively, in the following lexical cards from Amapá’s Linguistic Atlas – ALAP: CARTA L17 “galinha d’angola”; CARTA L25 “pernilongo”; CARTA L48 “prostituta”; and CARTA L73 “parte terminal da inflorescência da banana”. As a result, it has been observed that linguistic variants recorded officially as “Brazilian Northeastern regionalism” have been catalogued in the speech from Amapá. In view of this, in addition to confirming the Northeastern influence on the formation of the variety of Brazilian Portuguese spoken in Amapá and the importance of subsequent studies about this speech community, this study also points out some criticism of the homogeneous perspective of the variationist studies and emphasizes the need for the adoption of a heterogeneous and sociohistorical perspective that interprets the society, the language and the speech community as the heterogeneous and dynamic sets they are.
Palavras-chave: Variação linguística - Amapá
Sociolinguística
Atlas Linguístico do Amapá - ALAP
Dialeto - Regionalismo
Área do conhecimento: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES
Editor: UNIFAP – Universidade Federal do Amapá
País da Instituição: Brasil
Fonte do Documento: Via SIPAC
Aparece nas coleções:Letras - Português / Inglês

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