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Title: “Tá pensando que travesti é bagunça?!” Decolonialidade e resistência nas experiências escolares de travestis e transexuais de Macapá, AP
metadata.dc.creator: RIBEIRO, Rômulo Cambraia
metadata.dc.creator.Lattes: http://lattes.cnpq.br/4821423360818796
metadata.dc.contributor.advisor1: PEREIRA, Alexandre Adalberto
metadata.dc.contributor.advisor1Lattes: http://lattes.cnpq.br/4232386051172176
Citation: RIBEIRO, Rômulo Cambraia.“Tá pensando que travesti é bagunça?!” Decolonialidade e resistência nas experiências escolares de travestis e transexuais de Macapá, AP. Orientador: Alexandre Adalberto Pereira. 2019. 152 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Departamento de Pós-Graduação, Universidade Federal do Amapá, Macapá, 2019. Disponível em: http://repositorio.unifap.br:80/jspui/handle/123456789/454. Acesso em:.
metadata.dc.description.resumo: A pesquisa configura-se por um recorte social protagonizado pelas travestis e transexuais de Macapá quando de suas experiências na educação formal de nível básico e de que maneira essas experiências lhes fizeram ou fazem saber lidar com suas vidas cotidianamente. Apresentamos discussão dos fenômenos que levam à prática, velada ou não, da exclusão, do preconceito e da marginalização de travestis e transexuais no espaço da escola. O estudo possui a seguinte problemática: como, em suas experiências escolares, travestis e transexuais resistiam e enfrentavam as variadas formas de preconceito? Neste sentido, para o desenvolvimento da pesquisa buscamos, como objetivo geral, investigar o modo como travestis e transexuais resistiam e construíam suas formas de enfrentamento às diversas faces dos preconceitos, em suas experiências escolares, na realidade da educação de nível básico em Macapá. Assim, discorremos acerca dos seguintes objetivos específicos: a) compreender a perspectiva metodológica que nos garantisse uma escuta sensível com as colaboradoras da pesquisa, para que assim, soubéssemos lidar com suas narrativas; b) discutir as características teóricas e conceituais dos estudos decoloniais em face das principais categorias que permeiam estes estudos (Decolonialidade, Corpo e Educação, Corporalidades Travesti e Transexual, Pensamentos Subalternos, Necropolítica, Educação Intercultural e Movimentos Sociais); e c) identificar os processos de resistência e enfrentamento produzidos pelos sujeitos da pesquisa quando analisamos as capilaridades do poder hegemônico abrigando, neste espaço de escrita, um local para apresentar as suas histórias de vida no contexto escolar. Destarte, o texto está organizado sob a abordagem da Pesquisa Qualitativa na perspectiva da Pesquisa Participante, metodologia esta que tende a aproximar e inserir os colaboradores no processo de produção científica e que, por este foco, vai ao encontro da Decolonialidade, epistemologia que sustenta e transversaliza essa investigação e que tem no sujeito subalternizado a voz necessária para a superação da relação colonizador versus colonizado. Como resultado, constatamos que a escola ainda é um lugar hostil e que representa perigo às vidas de travestis e transexuais, devido a lógica hegemônica do binarismo de gênero e da heteronormatividade, embora elas sejam cientes de que suas permanências na educação de nível básico é fator indispensável na qualificação que as prepara para a vida. Porém, por meio da interpretação compreensiva das narrativas destas pessoas em suas experiências escolares na realidade da cidade de Macapá, Amapá, pudemos perceber que elas constroem suas resistências operando, sobretudo, através da formação de redes de amizades as quais, em contrapartida, tornam-se lugares de apoio e segurança para que possam expressar livremente suas travestilidades e transexualidades no espaço da escola. Deste modo, concluímos que elas transgridem e agem contra-hegemonicamente ao poder instituído quando, ao invés de se segregarem e se compartimentarem, como preza o biopoder, elas atam laços de fraternidade com seus pares e demais funcionários da escola no intuito de não sofrerem, passivamente, as consequências da segregação, e exclusão
Abstract: The research is shaped by a social cut carried out by the transvestites and transsexuals of Macapá when from their experiences in formal education at the basic level and in what way these experiences have made them or know how to handle their daily lives. We present a discussion of the phenomena that lead to the practice, veiled or not, of the exclusion, prejudice and marginalization of transvestites and transsexuals in the school space. The study has the following problematic: how, in their school experiences, transvestites and transsexuals resisted and faced the various forms of prejudice? In this sense, for the development of the research we seek, as a general objective, to investigate how transvestites and transsexuals resisted and constructed their ways of coping with the various faces of prejudice, in their school experiences, in the reality of basic education in Macapá. Thus, we discuss the following specific objectives: a) to understand the methodological perspective that would guarantee us a sensitive listening with the collaborators of the research, so that we would be able to deal with their narratives; b) discuss the theoretical and conceptual characteristics of decolonial studies in the face of the main categories that permeate these studies (Decoloniality, Body and Education, Transvestite and Transsexual Corporalities, Subaltern Thoughts, Necropolitics, Intercultural Education and Social Movements); and c) identify the processes of resistance and confrontation produced by the research subjects when analyzing the capillarities of hegemonic power, sheltering, in this space of writing, a place to present their life histories in the school context. Thus, the text is organized under the approach of Qualitative Research in the perspective of the Participant Research, a methodology that tends to approach and insert the collaborators in the process of scientific production and that, because of this focus, goes to meet Decoloniality, epistemology that sustains and it transversalizes this investigation and has in the subalternized subject the necessary voice for the overcoming of the colonized versus colonized relation. As a result, we find that school is still a hostile place and poses a danger to the lives of transvestites and transsexuals, due to the hegemonic logic of gender binarism and heteronormativity, although they are aware that their continuance in basic education is a factor indispensable in the qualification that prepares them for life. However, through a comprehensive interpretation of the narratives of these people in their school experiences in the city of Macapá, Amapá, we could perceive that they build their resistances operating, above all, through the formation of networks of friendships, which, on the other hand, places of support and security so that they can freely express their transvestities and transsexualities in the school space. In this way, we conclude that they transgress and act counterhegemonically to the established power when, instead of segregating and compartmentalizing themselves, as biopower prevails, they tie ties of brotherhood with their peers and other school officials in order not to suffer, passively, the consequences of segregation, and exclusion
Keywords: Decolonialidade
Narrativa
Experiências escolares
Travestis e transexuais
Pesquisa participante
metadata.dc.subject.cnpq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::ANTROPOLOGIA
metadata.dc.publisher.country: Brasil
metadata.dc.source: 1 CD-ROM
Appears in Collections:Programa de Pós-Graduação em Educação - PPGED

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